terça-feira, 4 de agosto de 2015

Até à Lua AzuL...


 

Este Agosto acordou ao luar :)

 
E nós fomos ver!...
 
Como uma bela lua azul,
agosto, acordou, a olhar,
e seu rosto brilhante,
sereno, lhe recordou:
- é tempo para brincar,
pular, caminhar,
conviver, agradecer,
descansar e amar...
 
 
"Lua Azul", amanhecer (1).
"Lua Azul", amanhecer (2).
"Lua Azul", amanhecer (3).
"Lua Azul", amanhecer (4).
"Lua Azul", amanhecer (5).
"Lua Azul", amanhecer (6).
"Lua Azul", manhã (7).
"Lua Azul", manhã (8).
"Lua Azul, manhã (9).

 Para todos nós, um revigorante mês de Agosto!


 Ah! E não podemos esquecer:
(i) De conversar com as estrelas: as Perseidas, que já andam por aí desde meados de Julho, encontram-se connosco para maior interacção entre os dias 9 e 15 de Agosto.
Para melhor observação, podemos juntar-nos à Lua Nova, que estará entre nós a 14, em zonas escuras, sem muita poluição luminosa, entre outras :);
(ii) De ir até à "Super Lua Cheia" de Agosto (sábado, 29);
(iii) De caminhar, sempre!


Mais info interessante:

- OAL: "O céu noturno em agosto de 2015

- Caminhar na e com a Natureza: "How Walking in Nature Changes the Brain" :)


Um grande abraço e até à próxima!
Maria
 

quarta-feira, 17 de junho de 2015

À procura de nascentes...


Nas encostas rochosas do rio
há uma fonte,
nascente ferrosa,
xistosa,
abandonada...
E dizem as gentes do sítio,
também, abençoada!
Porque as suas águas,
frias, subterrâneas,
curam intemperanças,
do corpo, e da alma.

Imagem: Fonte Ferranha, nas encostas do rio Ponsul. Parque Natural do Tejo Internacional, Portugal.

Fomos dar com ela, entre estevas, rosmaninhos, giestas e alecrins,
rosas albardeiras, salgueiros e afins...
espécies vegetais naturais que, generosamente, se misturam ao sabor.

Nestes solos das primeiras idades do mundo,
entre as ribas selvagens do rio 
e a raia seca, do país vizinho...

Há uma fonte,
nascente ferrosa, xistosa,
abandonada, abençoada...
e a sua água, generosa,
corre, sempre, para nós.

E há mais! 
Até à próxima caminhada :)
Abraço, Maria

terça-feira, 5 de maio de 2015

Entre arribas e giestas floridas...


Caminhando entre o rio e o mar,
entre o campo e a cidade,
lá no alto do monte e das arribas,
entre fortes, 
mantos verdes,
prateados...

Luminosas e festivas,
encontrámos giestas amarelas,
Maias floridas,
tradição de muitas eras,
escondidas à vista e perdidas...

E trouxemos para partilhar,
nos renovar,
e a Primavera, 
celebrar!


 


Até à próxima,
sempre a caminhar... :)
abraço, Maria
 

 
 
📌 Mais:
 
🔗 No FB: Festa das Maias 

🖇️ No Folclore: Os Maios e as Maias
 
 

quarta-feira, 8 de abril de 2015

À procura de um tesouro...


Diz-se que algumas almas ficam ligadas ao longo das eras,
ligadas por um chamamento antigo
que ecoa nas águas, nas terras, 
nas rochas e nas falésias...

Nesta caminhada a sul fomos à procura de um tesouro,
fomos a sítios que escondem dentro de si
uma energia misteriosa
e nos convidam 
à descoberta interior de nós mesmos.

E encontrámos nestes sítios
gente que guarda dentro de si
a força criadora, 
a entreajuda,
e os segredos do mar,
que só alguns conhecem
profundamente...

E vamos voltar :)

Imagem: Carrapateira, Aljezur - Portugal

Imagem: Praia da Bordeira, Carrapateira, Aljezur - Portugal

Imagem: Portinho do Forno, Carrapateira, Aljezur - Portugal

Imagem: Igreja e fortaleza da Carrapateira (1673), dedicada a Nossa Senhora da Conceição.


Como começou esta caminhada!

Era 1 de Abril e fazia sol. 
Qualquer que seja a origem histórica da lenda, a Atlântida, continente submerso, permanece no espírito das gentes como símbolo de paraíso perdido e na predominância, em nós, de um elemento divino.
Talvez para nos recordar que os mais belos e preciosos dos lugares, dos momentos, dos tempos, são aqueles que compartilhamos com quem estimamos, aqueles que amamos, e preservamos.
A Carrapateira faz parte dessa «lenda», um lugar mágico, mítico e inesquecível. Cheio de histórias, memórias da gente. E quando há momentos que nos chamam, nós vamos :)

A história começou assim:
«Sempre acreditei que "Portugal não é Ibérico..." mas sim Atlântico. Agora, os investigadores descobriram novas provas sobre a antiga civilização da Atlântida, a mítica civilização mencionada por Platão há mais de 2400 anos.
A lenda fala de uma civilização, verdadeira, que teria existido algures no Oceano Atlântico e sido engolida pelo mar.
Os depósitos arqueológicos agora encontrados nas escarpas e falésias da Carrapateira - cerâmica, copos com resíduos de alimentos, ossos de animais isolados, misturados com seixos de praia arredondados e conchas do mar, fauna marinha microscópica - não deixam dúvidas. Existirão ainda, no seu interior, construções cujas paredes, voltadas de frente para o mar, foram destruídas pela exposição a ondas gigantes, mas com paredes laterais conservadas e intactas.

As camadas foram detectadas até 7m acima do nível do mar e estendem-se por centenas de metros para o interior. Investigadores internacionais, entre eles arqueólogos, geólogos, e especialistas em tsunamis, encontram-se no local e prosseguem com as escavações no interior.

"De repente, um monte de depósitos começaram a fazer sentido para nós. Esta foi uma grande onda ", disse C. Sinolakys, especialista em tsunamis da Universidade da Califórnia, que já participou anteriormente noutras pesquisas em busca da Atlântida.
"O estudo de tsunamis antigos está na sua infância e não temos, até agora, sabido realmente o que procurar. Mas os mais recentes e devastadores tsunamis, como o do sudeste asiático (2004), o do Chile (2010), e o do Japão (2011) têm-nos ensinado sobre o tipo de depósitos que deixam atrás de si.", acrescentou ainda.

A Carrapateira tem o raro condão de inspirar uma grande diversidade de sentimentos que enleiam os nossos sentidos e nos invadem completamente. Quando percorremos as falésias fustigadas pelo vento norte, olhamos o mar revolto embatendo nas rochas que se erguem nas águas azuladas e de repente nos viramos para as loiras areias onde a Ribeira da Carrapateira parece adormecer, somos possuídos por uma estranha vertigem que nos fascina e inquieta.
É um lugar diferente, feito de falésias, dunas, mar, vento, céu, luz, sol; uma imensa variedade de azuis e verdes cheios de encanto, muitos perigos nas escarpas escorregadias, e magia!


E escondida, uma civilização mítica e perdida... Até agora :)» (Maria, 1-04-2015)

E lá fomos nós ;)

Mais sobre a Carrapateira:

- Carrapateira - História e Tradições. J.A. Sarmento; J.M. Marreiros (1993).

- Lugares pouco comuns (2009): Spelaion.blogspot.pt



terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Do Madeiro ao Cante...



Se tu visses o que eu vi...
sob este céu de Além-Tejo
de gente humilde,
paciente, persistente,
que encanta e
que à terra canta
em hino de embalar
seu jeito de ser,
estar, falar
agradecer e celebrar...

  _/\_

Neste Natal fomos caminhar...
até ao Alentejo,
ouvir as histórias 
à roda da fogueira,
que o vento bravio conta,
quando à noite sopra frio...

E fomos também ouvir, aprender e participar,
no "Cante ao Menino"
que partilhamos aqui
para que todos possam apreciar...
guardar nas nossas memórias,
e nos nossos corações,
preservar e sempre cantar!

Um abraço\o/
e um grande bem-haja a todos os que participaram, contribuíram
e mantém viva esta tradição, a ecoar nas noites frias dos anos,
Maria



Do Madeiro de Natal ao "Cante ao Menino" - Tradições e Celebrações de Natal em Messejana, Alentejo - Portugal.
From the Yule Log to the "Cante ao Menino" - Christmas Traditions and Celebrations in Messejana, Alentejo - Portugal.

 "O Cante Tradicional ao Menino Jesus de Messejana continua vivo nas vozes desta gente que o guarda na memória com vontade de o cantar, preservando assim a tradição desta terra. Todos os anos, na quadra Natalícia, em Messejana, se faz ouvir o majestoso «Cante ao Menino».
Além de se cantar o amor à terra, aos campos, à vida no «monte», também se canta a religiosidade, sendo um momento para apreciar e usufruir de toda a solenidade do canto alentejano de carácter religioso." (In Cante Tradicional - Menino Jesus - Tradição de Messejana, 2014)

Mais sobre o Cante Alentejano:
Património Cultural Imaterial da Humanidade (UNESCO), o Cante, em movimento rítmico, combinando os passos em harmonia, mantendo o ritmo mais lento que o batimento cardíaco, concentrando-se no som tranquilizante, para amenizar, muitas vezes, o lamento e a consciência da dor, para, em grupo, sobreviver.
No Cante há uma comunicação, sempre presente, com a Terra e uma associação com a plenitude da vida cósmica.


terça-feira, 18 de novembro de 2014

Por caminhos de estrelas junto ao céu...


O céu anda vazio de olhares...
e as "estrelas andam à pesca de gente"!

Vamos até lá?
Procurar águas-furtadas nevadas,
junto ao céu,
subir ainda para lá dos telhados,
ainda para lá das estrelas,
para ouvir melhor,
à vontade,
nessa nossa longa caminhada.

_/\_

Um abraço, Maria


Imagem: Paisagem Nevada - Região da Serra da Estrela


"As estrelas são pescadoras e andam à pesca de gente
 Quanto mais avançava a noite mais se aclarava o céu. Bem podia o Sol andar a mostrar as coisas a toda a luz quando... só de noite é que as sabia ver todas juntas, ainda para lá das estrelas!
... Reparou que ao começar a noite as primeiras janelas a acenderem-se eram as dos pátios, e alta a noite as últimas a apagarem-se as das águas-furtadas. Não admira, ficam mais perto das estrelas e é por isso que subiram para cima dos telhados, para as ouvir melhor." 

(Almada Negreiros in Nome de Guerra)


Imagem: Telhado Nevado - Região da Serra da Estrela


Há estrelas assim!
No inverno, as ouvimos melhor dos telhados.
No verão, o calor passamos no frescor dos seus prados...
 
E na PrimaVera... como a Estrela é bela!
 
 🤗
 
Imagem: Sunset; Mountain Magic Sky. April, 2022.



 

E a lenda dá Nome à Montanha!


 
 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Por trilhos de pinheiro...




Imagem: "Trilho do Pinheiro", http://flic.kr/p/icZoSv



 No trilho do pinheiro,
azul, verde e cheiro...
vou até ele e vejo
um presépio cheio e belo!

Aquela pedra ali?
E a seguinte... e a outra...
A formar... a encantar
há tanto tempo a chamar!

Olhei e vi.
Juntas, todas enfim!
Mais o pinheiro.
Que senti pr'amar,
à espera,
no trilho, do lugar.


Maria