terça-feira, 5 de maio de 2015

Entre arribas e giestas floridas...


Caminhando entre o rio e o mar,
entre o campo e a cidade,
lá no alto do monte e das arribas,
entre fortes, 
mantos verdes,
prateados...

Luminosas e festivas,
encontrámos giestas amarelas,
Maias floridas,
tradição de muitas eras,
escondidas à vista e perdidas...

E trouxemos para partilhar,
nos renovar,
e a Primavera, 
celebrar!


 


Até à próxima,
sempre a caminhar... :)
abraço, Maria
 

 
 
📌 Mais:
 
🔗 No FB: Festa das Maias 

🖇️ No Folclore: Os Maios e as Maias
 
 

quarta-feira, 8 de abril de 2015

À procura de um tesouro...


Diz-se que algumas almas ficam ligadas ao longo das eras,
ligadas por um chamamento antigo
que ecoa nas águas, nas terras, 
nas rochas e nas falésias...

Nesta caminhada a sul fomos à procura de um tesouro,
fomos a sítios que escondem dentro de si
uma energia misteriosa
e nos convidam 
à descoberta interior de nós mesmos.

E encontrámos nestes sítios
gente que guarda dentro de si
a força criadora, 
a entreajuda,
e os segredos do mar,
que só alguns conhecem
profundamente...

E vamos voltar :)

Imagem: Carrapateira, Aljezur - Portugal

Imagem: Praia da Bordeira, Carrapateira, Aljezur - Portugal

Imagem: Portinho do Forno, Carrapateira, Aljezur - Portugal

Imagem: Igreja e fortaleza da Carrapateira (1673), dedicada a Nossa Senhora da Conceição.


Como começou esta caminhada!

Era 1 de Abril e fazia sol. 
Qualquer que seja a origem histórica da lenda, a Atlântida, continente submerso, permanece no espírito das gentes como símbolo de paraíso perdido e na predominância, em nós, de um elemento divino.
Talvez para nos recordar que os mais belos e preciosos dos lugares, dos momentos, dos tempos, são aqueles que compartilhamos com quem estimamos, aqueles que amamos, e preservamos.
A Carrapateira faz parte dessa «lenda», um lugar mágico, mítico e inesquecível. Cheio de histórias, memórias da gente. E quando há momentos que nos chamam, nós vamos :)

A história começou assim:
«Sempre acreditei que "Portugal não é Ibérico..." mas sim Atlântico. Agora, os investigadores descobriram novas provas sobre a antiga civilização da Atlântida, a mítica civilização mencionada por Platão há mais de 2400 anos.
A lenda fala de uma civilização, verdadeira, que teria existido algures no Oceano Atlântico e sido engolida pelo mar.
Os depósitos arqueológicos agora encontrados nas escarpas e falésias da Carrapateira - cerâmica, copos com resíduos de alimentos, ossos de animais isolados, misturados com seixos de praia arredondados e conchas do mar, fauna marinha microscópica - não deixam dúvidas. Existirão ainda, no seu interior, construções cujas paredes, voltadas de frente para o mar, foram destruídas pela exposição a ondas gigantes, mas com paredes laterais conservadas e intactas.

As camadas foram detectadas até 7m acima do nível do mar e estendem-se por centenas de metros para o interior. Investigadores internacionais, entre eles arqueólogos, geólogos, e especialistas em tsunamis, encontram-se no local e prosseguem com as escavações no interior.

"De repente, um monte de depósitos começaram a fazer sentido para nós. Esta foi uma grande onda ", disse C. Sinolakys, especialista em tsunamis da Universidade da Califórnia, que já participou anteriormente noutras pesquisas em busca da Atlântida.
"O estudo de tsunamis antigos está na sua infância e não temos, até agora, sabido realmente o que procurar. Mas os mais recentes e devastadores tsunamis, como o do sudeste asiático (2004), o do Chile (2010), e o do Japão (2011) têm-nos ensinado sobre o tipo de depósitos que deixam atrás de si.", acrescentou ainda.

A Carrapateira tem o raro condão de inspirar uma grande diversidade de sentimentos que enleiam os nossos sentidos e nos invadem completamente. Quando percorremos as falésias fustigadas pelo vento norte, olhamos o mar revolto embatendo nas rochas que se erguem nas águas azuladas e de repente nos viramos para as loiras areias onde a Ribeira da Carrapateira parece adormecer, somos possuídos por uma estranha vertigem que nos fascina e inquieta.
É um lugar diferente, feito de falésias, dunas, mar, vento, céu, luz, sol; uma imensa variedade de azuis e verdes cheios de encanto, muitos perigos nas escarpas escorregadias, e magia!


E escondida, uma civilização mítica e perdida... Até agora :)» (Maria, 1-04-2015)

E lá fomos nós ;)

Mais sobre a Carrapateira:

- Carrapateira - História e Tradições. J.A. Sarmento; J.M. Marreiros (1993).

- Lugares pouco comuns (2009): Spelaion.blogspot.pt



terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Do Madeiro ao Cante...



Se tu visses o que eu vi...
sob este céu de Além-Tejo
de gente humilde,
paciente, persistente,
que encanta e
que à terra canta
em hino de embalar
seu jeito de ser,
estar, falar
agradecer e celebrar...

  _/\_

Neste Natal fomos caminhar...
até ao Alentejo,
ouvir as histórias 
à roda da fogueira,
que o vento bravio conta,
quando à noite sopra frio...

E fomos também ouvir, aprender e participar,
no "Cante ao Menino"
que partilhamos aqui
para que todos possam apreciar...
guardar nas nossas memórias,
e nos nossos corações,
preservar e sempre cantar!

Um abraço\o/
e um grande bem-haja a todos os que participaram, contribuíram
e mantém viva esta tradição, a ecoar nas noites frias dos anos,
Maria



Do Madeiro de Natal ao "Cante ao Menino" - Tradições e Celebrações de Natal em Messejana, Alentejo - Portugal.
From the Yule Log to the "Cante ao Menino" - Christmas Traditions and Celebrations in Messejana, Alentejo - Portugal.

 "O Cante Tradicional ao Menino Jesus de Messejana continua vivo nas vozes desta gente que o guarda na memória com vontade de o cantar, preservando assim a tradição desta terra. Todos os anos, na quadra Natalícia, em Messejana, se faz ouvir o majestoso «Cante ao Menino».
Além de se cantar o amor à terra, aos campos, à vida no «monte», também se canta a religiosidade, sendo um momento para apreciar e usufruir de toda a solenidade do canto alentejano de carácter religioso." (In Cante Tradicional - Menino Jesus - Tradição de Messejana, 2014)

Mais sobre o Cante Alentejano:
Património Cultural Imaterial da Humanidade (UNESCO), o Cante, em movimento rítmico, combinando os passos em harmonia, mantendo o ritmo mais lento que o batimento cardíaco, concentrando-se no som tranquilizante, para amenizar, muitas vezes, o lamento e a consciência da dor, para, em grupo, sobreviver.
No Cante há uma comunicação, sempre presente, com a Terra e uma associação com a plenitude da vida cósmica.


terça-feira, 18 de novembro de 2014

Por caminhos de estrelas junto ao céu...


O céu anda vazio de olhares...
e as "estrelas andam à pesca de gente"!

Vamos até lá?
Procurar águas-furtadas nevadas,
junto ao céu,
subir ainda para lá dos telhados,
ainda para lá das estrelas,
para ouvir melhor,
à vontade,
nessa nossa longa caminhada.

_/\_

Um abraço, Maria


Imagem: Paisagem Nevada - Região da Serra da Estrela


"As estrelas são pescadoras e andam à pesca de gente
 Quanto mais avançava a noite mais se aclarava o céu. Bem podia o Sol andar a mostrar as coisas a toda a luz quando... só de noite é que as sabia ver todas juntas, ainda para lá das estrelas!
... Reparou que ao começar a noite as primeiras janelas a acenderem-se eram as dos pátios, e alta a noite as últimas a apagarem-se as das águas-furtadas. Não admira, ficam mais perto das estrelas e é por isso que subiram para cima dos telhados, para as ouvir melhor." 

(Almada Negreiros in Nome de Guerra)


Imagem: Telhado Nevado - Região da Serra da Estrela


Há estrelas assim!
No inverno, as ouvimos melhor dos telhados.
No verão, o calor passamos no frescor dos seus prados...
 
E na PrimaVera... como a Estrela é bela!
 
 🤗
 
Imagem: Sunset; Mountain Magic Sky. April, 2022.



 

E a lenda dá Nome à Montanha!


 
 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Por trilhos de pinheiro...




Imagem: "Trilho do Pinheiro", http://flic.kr/p/icZoSv



 No trilho do pinheiro,
azul, verde e cheiro...
vou até ele e vejo
um presépio cheio e belo!

Aquela pedra ali?
E a seguinte... e a outra...
A formar... a encantar
há tanto tempo a chamar!

Olhei e vi.
Juntas, todas enfim!
Mais o pinheiro.
Que senti pr'amar,
à espera,
no trilho, do lugar.


Maria

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Por campos e caminhos de olivais...



Por campos e caminhos de olivais,
lenda-lande, vinhais e muito mais!...

numa longa caminhada,
reencontrada.

Partilho, com um abraço,
Maria

 _/\_


Dançando ao sol
prá geada aquecer,
e com as mãos te poder (a)colher...



Imagem: "2606" in http://flic.kr/p/i2W8z4


A pé, a ti chegámos!

Por portas passámos...


Imagem: "porta olival" in http://flic.kr/p/idvTda

E aqui tocámos...

Imagem: "toque aqui" in http://flic.kr/p/idw5vmar legenda

E aqui, também...

Imagem: "musgo" in http://flic.kr/p/idwwca


Ribeiros e riachos, atravessámos!


Imagem: "ribeiro" in http://flic.kr/p/idw6ZH
Imagem: "riacho" in http://flic.kr/p/idwdM1             
























  E com escada deitada...
sem nos atrapalharmos!
Imagem: "escada em riacho" in http://flic.kr/p/idwkL8
Imagem: "2591" in http://flic.kr/p/i2W8zp


Entrelaçadas a ti...
tantas cabaças iluminadas!...

Imagem: "cabaça olival" in http://flic.kr/p/idwogw


E as terras de lenda-lande..., 
sobreiro, bolota,  acordando...

Imagem: "sobreiro2" in http://flic.kr/p/idwFZL
Imagem: "lenda_lande" in http://flic.kr/p/idwhF2

Continuando... subindo ou descendo
e um rol acontecendo...

Imagem: "2583" in http://flic.kr/p/i2W8zz


Em vinhas, de braços ao alto!
sol chamando, guardando, ganhando...

Imagem: "vinhas ao sol" in http://flic.kr/p/idvTsQ


Caminho(s) percorrendo,
se ligando, ligando...

Imagem: "Caminho(s)" in http://flic.kr/p/icYXRw


Também descansando...

Imagem: "sent'aqui" in http://flic.kr/p/idwi2d


Repousando...

Imagem: "repousando" in http://flic.kr/p/idx5HT


Para cedo, pela manhã, andar...

Imagem: "Manhã" in http://flic.kr/p/idxFZn




Azul e branco respirar...

Imagem: "Branco(e)azul" in http://flic.kr/p/icZoCx



E voltar. 
Até à próxima caminhada!

domingo, 17 de novembro de 2013

Por campos e caminhos de montado...



Por campos e caminhos de montado,
entre sobreiros, azinheiras...,

oliveiras, lagares e mais...
onde andámos,

Ao sol de velhos campanários,
tons de azul, verde, dourado...
percorremos.

E o tempo parado,

nos campos e montados...

E o som da vida,
ali ao lado,

E o cante da terra...

Imenso, inacabado.



 
Por caminhos de montado from mariasuzel on Vimeo.




Abraço e obrigada

_/\_

Até à próxima caminhada!

Maria