terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Por trilhos de pinheiro...




Imagem: "Trilho do Pinheiro", http://flic.kr/p/icZoSv



 No trilho do pinheiro,
azul, verde e cheiro...
vou até ele e vejo
um presépio cheio e belo!

Aquela pedra ali?
E a seguinte... e a outra...
A formar... a encantar
há tanto tempo a chamar!

Olhei e vi.
Juntas, todas enfim!
Mais o pinheiro.
Que senti pr'amar,
à espera,
no trilho, do lugar.


Maria

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Por campos e caminhos de olivais...



Por campos e caminhos de olivais,
lenda-lande, vinhais e muito mais!...

numa longa caminhada,
reencontrada.

Partilho, com um abraço,
Maria

 _/\_


Dançando ao sol
prá geada aquecer,
e com as mãos te poder (a)colher...



Imagem: "2606" in http://flic.kr/p/i2W8z4


A pé, a ti chegámos!

Por portas passámos...


Imagem: "porta olival" in http://flic.kr/p/idvTda

E aqui tocámos...

Imagem: "toque aqui" in http://flic.kr/p/idw5vmar legenda

E aqui, também...

Imagem: "musgo" in http://flic.kr/p/idwwca


Ribeiros e riachos, atravessámos!


Imagem: "ribeiro" in http://flic.kr/p/idw6ZH
Imagem: "riacho" in http://flic.kr/p/idwdM1             
























  E com escada deitada...
sem nos atrapalharmos!
Imagem: "escada em riacho" in http://flic.kr/p/idwkL8
Imagem: "2591" in http://flic.kr/p/i2W8zp


Entrelaçadas a ti...
tantas cabaças iluminadas!...

Imagem: "cabaça olival" in http://flic.kr/p/idwogw


E as terras de lenda-lande..., 
sobreiro, bolota,  acordando...

Imagem: "sobreiro2" in http://flic.kr/p/idwFZL
Imagem: "lenda_lande" in http://flic.kr/p/idwhF2

Continuando... subindo ou descendo
e um rol acontecendo...

Imagem: "2583" in http://flic.kr/p/i2W8zz


Em vinhas, de braços ao alto!
sol chamando, guardando, ganhando...

Imagem: "vinhas ao sol" in http://flic.kr/p/idvTsQ


Caminho(s) percorrendo,
se ligando, ligando...

Imagem: "Caminho(s)" in http://flic.kr/p/icYXRw


Também descansando...

Imagem: "sent'aqui" in http://flic.kr/p/idwi2d


Repousando...

Imagem: "repousando" in http://flic.kr/p/idx5HT


Para cedo, pela manhã, andar...

Imagem: "Manhã" in http://flic.kr/p/idxFZn




Azul e branco respirar...

Imagem: "Branco(e)azul" in http://flic.kr/p/icZoCx



E voltar. 
Até à próxima caminhada!

domingo, 17 de novembro de 2013

Por campos e caminhos de montado...



Por campos e caminhos de montado,
entre sobreiros, azinheiras...,

oliveiras, lagares e mais...
onde andámos,

Ao sol de velhos campanários,
tons de azul, verde, dourado...
percorremos.

E o tempo parado,

nos campos e montados...

E o som da vida,
ali ao lado,

E o cante da terra...

Imenso, inacabado.



 
Por caminhos de montado from mariasuzel on Vimeo.




Abraço e obrigada

_/\_

Até à próxima caminhada!

Maria




 
 

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Pelos caminhos dos Santórios...


Pelos caminhos onde andei,
aldeias perdidas encontrei...

Vazias de gente cheia de oferendas,
guardiãs de memórias, de partilhas,
pra quem chega e se aconchega...

E à torre do ninho cheguei...
Olhei e lembrei...
a neblina que corre por aí acima!
quando o rio dos Santos se aproxima...

E vi-te vinha, agora adormecida...
E a ti, te espreitei, velha figueira de inverno...

E à sombra da velha nora
do velho poço
outrora, como agora,
de tanto andar à roda,
finalmente parei!
E mais fresca continuei...

E junto de ti,
companheiro e doce diospireiro...
Teu fruto colhi, provei e levei...

E o cheiro
das novas perpétuas,
junto à cheia laranjeira,
crescem e florescem...

E os figos da índia!
Ainda esperando, depois de setembro...

E a velha e redonda romãzeira,
bagos carmim, sumarentos, oferecendo...
dizem que a 1 de novembro, comendo,
sinal de pilim!

E o marmeleiro!
Ao sol, povoado de amarelo,
se estendendo...

E ao longe, entre muros,
pelos caminhos da velha fonte,
lentiscos espreitando...
E a jovem pereira amparando...

E lá ao fundo...
abraçada a ti, oliveira,
silvas e amoras silvestres
contigo convivendo...
juntas, maduras, umas,
muitas, a meio,
crescendo...

E tão perto, o ribeiro...
Cobrindo de musgo teu corpo,
Traje novo!
E verde e maduro, teu fruto,
junto, primeiro que vi assim...

Ao longe... moinhos de vento, soprando,
pra gente apanhar e breve... voltar.




Abraço a todos 
e até aos próximos Santórios!
Maria

sábado, 31 de agosto de 2013

Vindimece!...



"Agosto amadurece, Setembro vindimece."

(Ditado popular)


Imagem: Vindimas




Quando teus pés, uvas,
estiverem secos, 
tristes e murchos...
E tua pele, bagos,
começa a reduzir,
encolher, diminuir...
Minhas mãos estarão prontas
pra te colher, te receber e transformar...

Recomeçar, com as vindimas,
em todo Portugal, andar, andar... :)

Abraço, Maria


terça-feira, 16 de abril de 2013

Entre arribas...



Caminhando entre arribas, 
dunas, praias e lagoas...


Arribas, com encostas verdes
e dunas floridas
e flores douradas, 
levantando asas,
mais cheias de (en)canto também...

Até outras arribas, chegando,
com vento soprando e levando...
E em calmas lagoas, repousando,
navegando e observando...

Ao longe, um farol, espreitando,
indicando o fim da terra
em promontório aguçado
e por Nossa Senhora do Cabo
protegido e guardado...
 
Abraço a todos,
Maria



 



Arriba Fóssil da Costa da Caparica, 
Arribas do Cabo Espichel, 
praias da Fonte da Telha e do Meco 
e Lagoa de Albufeira. 
(Costa Azul, Setúbal - Portugal)


Mais info:

Ciberdúvidas da Língua Portuguesa: Origem do topónimo Espichel (Cabo Espichel, Portugal)
Wikipédia: Lagoa de Albufeira

Origem do nome Lagoa de Albufeira: (Em árabe, البحيرة - al-buḥayra). De acordo com André Simões, professor de Latim na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, "buhaira" em árabe significa "lagoa", e é o diminutivo de "bahr", que significa "mar", que está no nome do país "Bahrain" (Dois Mares). As aspiradas árabes em português evoluem para "f". No caso da lagoa, claramente perdeu-se a noção do sentido original, e assim ficou "Lagoa da Lagoa". Ou seja... Lagoa de Albufeira. (In Clube Português de Caravanismo, no Facebook)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Azeitona, tua história para contar...



A todos os que caminham pelos olivais... andando, acompanhando, cuidando, colhendo, transformando e renovando (se)!

Ao azeite novo, a brilhar, uma história para nos contar...

Abraço, Maria





  
'Azeitona-2012'



Sobre a Apanha da Azeitona:

Em Portugal, o período da apanha da azeitona vai de Outubro a Janeiro, variando consoante a diversidade das oliveiras, terrenos, clima e fenómenos meteorológicos do ano.
A sabedoria popular aconselha:

«Quem vareja pelo Natal
Fica-lhe o azeite no olival.
Quem azeite colhe antes de Janeiro
Azeite deixa no madeiro.»

Mas também...

«Para azeite sobrefino
Apanha-me no mês do Menino! (Jesus)»

...
 Em finais de Novembro
Azeitona fomos apanhar, 
Que o nosso olival
Não podia mais esperar!

São várias as condições adversas em que este trabalho decorre, por ser o período mais rigoroso do inverno e longas as distâncias entre os olivais e os locais de habitação. 
Os frutos da oliveira são colhidos à mão, e com auxílio de um ripo (pequeno pente de madeira de cabo curto, que se maneja com uma só mão). As azeitonas assim colhidas vão caindo sobre grandes panos (panais) colocados junto da oliveira, para o efeito. Este trabalho é feito com auxílio de escadas. 
Existem outros processos de apanha da azeitona, consoante as características dos olivais e do terreno, os hábitos e usos locais, mais modernos ou tradicionais (ex.º processos mecânicos de apanha por vibração; ou o varejo, feito com auxílio de varas compridas para varejar a azeitona). O varejo tem o inconveniente de destruir os ramos mais tenros da oliveira e assim diminuir a formação dos rebentos no ano seguinte. Se a vara não for flexível o suficiente e a pessoa que a maneja, hábil e sensível, tendo sempre a preocupação em bater os ramos da base para as pontas, os rebentos que têm de frutificar no ano seguinte sofrem pesadas mutilações.

Após a colheita, a azeitona é transportada dos campos para casa, antigamente à cabeça de mulheres, às costas de homens, em carros de bois ou no dorso de muares, hoje com tractores ou em carrinhas.

Nos alpendres das casas, em locais arejados, a azeitona colhida é limpa em joeiras (crivos ou cirandas), espécie de peneira para separar as folhas e ramos dos frutos.
Depois de limpa, procede-se ao seu armazenamento, em caixas ou ensacada, até ser transportada para o lagar.

Sobre a Extracção de Azeite:

Uma vez colhida, a azeitona é transportada para o lagar para ser laborada. Este processo é feito em caixas plásticas, a granel ou devidamente ensacada.
 No lagar seguem-se as seguintes fases no processo:

«1- Recepção: ao entrar no lagar, as azeitonas são analisadas e classificadas, de acordo com a sua variedade e estado de conservação;

2- Pesagem e lavagem: em contentores apropriados, procede-se à lavagem da azeitona, com água corrente, para separar as folhas, ramos e outras impurezas. Seguidamente é pesada e colocada em tapetes rolantes, a fim de ser conduzida para a moenda;

3- Moenda: a moenda consiste na trituração da azeitona, até formar uma pasta. Esta moagem é ajustada consoante o grau de maturação da azeitona, para uma melhor extracção do azeite; 
4- Termobatedura: a massa da azeitona, resultante da moenda, é batida e aquecida, simultaneamente, numa termobatedeira, a temperaturas que podem variar entre os 30/40 graus;
 5- Extracção: a extracção é feita numa linha contínua de 2 fases. A massa da azeitona passa numa centrífuga (decanter horizontal de 2 fases) que separa o azeite do bagaço;
6- Azeite: o azeite segue para outra centrífuga (vertical) para o isentar de impurezas;
7- Bagaço: ao bagaço é-lhe retirado o caroço para queimar na caldeira. O resto da massa é colocado numa estufa para posterior valorização;
8- Verificação, armazenamento, enchimento e entrega: o azeite obtido é verificado quanto ao seu grau de acidez. É armazenado em depósitos e entregue ao produtor.
Ou, também, e à medida das necessidades, é loteado, filtrado, engarrafado e rotulado, numa linha própria para o efeito, sendo depois comercializado.»

 Um agradecimento especial ao Lagar Monticoop, que nos recebeu nas suas instalações e demonstrou como este processo se desenrola.

Mais informação sobre a apanha da azeitona e o azeite: «Tecnologia tradicional do azeite em Portugal». Benjamim Pereira. Ed. Centro Cultural Raiano, Idanha-a-Nova. Julho 2005.