Neste Natal lá fomos mais uma vez de Lisboa a Beja
aos porquinhos e às bolotas!...
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Imagem: 'Porquinho doce de Natal' by ©Luiz da Rocha
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O Porquinho doce de Natal é uma das especialidades do centenário café, pastelaria e restaurante, Luiz da Rocha, em Beja.
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Imagem: Póster afixado no interior do Café Luiz da Rocha, Beja.
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Para saber mais:
✍️ "Luiz da Rocha foi o homem que há mais de um século fundou o café e
pastelaria mais apreciados do Baixo Alentejo. Este era natural de Vagos
(no distrito de Aveiro) e veio para a cidade de Beja com apenas 14 anos
de idade, para a casa do doceiro Baltazar, que confecionava bolos e
amêndoas na antiga Rua do Buraco, hoje Rua Dr. Brito Camacho. Foi assim
que aprendeu o ofício de doceiro e encontrou os meios que necessitava
para se estabelecer por conta própria. Recuperou algumas das receitas
dos conventos e com elas adoçou a boca de gerações de bejenses e de
pessoas de vários pontos do país, que aqui vinham provar o seus bolos
cujas receitas perduram até aos dias de hoje.
Apesar da força do tempo e da história, o Luiz da Rocha
modernizou-se e adaptou-se às necessidades presentes, sem nunca perder a
sua matriz original, o espírito e a magia que há muito o transformou
numa lenda viva da cidade de Beja."
🔗 Luiz da Rocha 📌
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Imagem: Natal em Beja, junto ao Luiz da Rocha; Dez.2023.
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E pelo caminho ficámos ainda a saber mais sobre Beja... princesa da planínie doirada!
E a conhecer a sua Lenda:
"Muito antes dos Lusitanos, o local onde hoje se encontra a nobre cidade de Beja com as suas muralhas romanas, com os seus prédios góticos, com a sua mesquita árabe, com o seu castelo do princípio da monarquia portuguesa e, consequentemente, essa Beja com documentos que representam 4 civilizações, era pequeno povo que vivia da caça. Todos esses campos ubérrimos de pão que vemos hoje eram um compacto matagal, impossível em alguns pontos de ser penetrado pelo homem.
E uma serpente, uma serpente monstro que tudo matava, tudo triturava, era a horrível preocupação do povo que habitava no local que mais tarde, no tempo dos romanos, se havia de chamar Pax-Júlia, depois, no domínio árabe se chamou Buxú e presentemente se chama Beja.
Um ardil porém germinou no cérebro de um habitante dessa região: envenenar um toiro, deitá-lo para a floresta onde existia a tal serpente. Aprovada por todos essa ideia, o toiro foi envenenado e deitado para o local indicado.
A luta foi tremenda entre as duas feras. Por fim o toiro foi atingido pelos efeitos do veneno. Já mortalmente ferido pelas investidas da serpente monstro foi vencido, o que serviu de bom repasto à serpente vencedora.
Mas... volvidos alguns dias, a serpente fora encontrada morta ao lado dos restos do toiro salvador.
A lenda tem sido transmitida de geração em geração e com certeza não deixará de ser contada enquanto a cabeça do toiro se mantiver no escudo de Beja. Mas dizem os nossos mestres da heráldica:
- Que as águias que fazem parte do escudo indicam a grande importância que Beja teve quando se chamava Pax-Júlia.
- Que o castelo constitui a indicação que Beja foi sempre uma praça forte.
- Que a cabeça do toiro que originou a lenda e que aparece nas armas de Beja atesta a riqueza da região em cabeças de gado e cereais.
- Que as quinas representam nas referidas armas o facto histórico de Beja nunca ter pertencido a particulares."
(In Beja - princesa da planície dourada. Um lugar de Descoberta. Publicação do Turismo de Beja e da Região de Turismo Planície Dourada.)
Sempre a caminhar, sempre a descobrir...
Desejamos a todos, Boas e Doces Festas!
Dezembro, 2023
Abraço 🤗 Maria